segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A MALDIÇÃO DE MALINCHE

Maldición de Malinche
(G. Palomares)

Del mar los vieron llegar mis hermanos emplumados
Eran los hombres barbados de la profecía esperada
Se oyó la voz del monarca de que el dios había llegado.
Y les abrimos la puerta por temor a lo ignorado.

Iban montados en bestias como demonios del mal
Iban con fuego en las manos y cubiertos de metal.
Sólo el valor de unos cuantos les opuso resistencia
Y al mirar correr la sangre se llenaron de verguenza.

Porque los dioses ni comen ni gozan con lo robado
Y cuando nos dimos cuenta ya todo estaba acabado.
Y en ese error entregamos la grandeza del pasado
Y en ese error nos quedamos trescientos años esclavos.

Se nos quedó el maleficio de brindar al extranjero
Nuestra fe, nuestra cultura, nuestro pan, nuestro dinero.
Y les seguimos cambiando oro por cuentas de vidrio
Y damos nuestras riquezas por sus espejos con brillo.

Hoy, en pleno siglo veinte nos siguen llegando rubios
Y les abrimos la casa y les llamamos amigos.
Pero si llega cansado un indio de andar la sierra
Lo humillamos y lo vemos como extraño por su tierra.

Tu, hipócrita que te muestras humilde ante el extranjero
Pero te vuelves soberbio con tus hermanos del pueblo.
Oh, maldición de Malinche, enfermedad del presente
Cuándo dejarás mi tierra.. cuándo harás libre a mi gente.


Em minha aula de Revolução Mexicana, coloquei essa música, cantada por Amparo Ochoa. Resolvi deixá-la em castelhano, para não perder a originalidade.

6 comentários:

  1. A educação anda apenas uma ferramenta a serviço do capitalismo.. que pena não olharmos para o conhecimento como meio de aprimoramento pessoal, e sim, APENAS como garantia de um farto futuro.. Resumindo, professor, é bestializante estudar-se para um processo seletivo.. A história é a base da construção do futuro, e não apenas garantia de uns pontos a mais na prova da FUVEST...

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  2. Rúbia, não sei quem você é, não sei também se você sabe quem eu sou, mas sei que você acabou de encontrar um simpatizante de suas ideias. Com certeza estamos ideologicamente do mesmo lado. Talvez nossos métodos de trabalho sejam distintos, pois sou professor de História há quarenta anos e apaixonado pelo que faço. Um dos objetivos do educador é estimular vocações e criticidade cidadã. Por estarmos submetidos às regras do capitalismo, devemos usá-las para transformar a vida em algo mais digno do ser humano. Pelas regras, o vestibular ainda é o funil por onde devem passar aqueles que pretendem continuar seus estudos. Por ele passarão, sem dúvida, os que irão reproduzir o sistema capitalista. Mas, eu não desisto, por ele também passarão os que tomaram ou tomarão consciência crítica do mundo em que vivemos. Será o primeiro passo para transformá-lo.

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  3. Sei quem você é! É quem está me ajudando a passar pelo funil, não só do vestibular, mas da vida! =) Sou sua aluna em Barão Geraldo (A História me Absolverá). E mais uma vez você me emriqueceu, estimulando a minha criticidade com relação à forma com que encaro a sociedade em que estou inserida! Saiba, professor, que depois de ler sua mensagem farei a prova do domingo bem mais tranquila. Não obrigada e pressionada. Mas consciente de que faço parte da parcela que quer algo diferente para a vida! Eu diria.. que quer ser Feliz!

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  4. Monetarizar o conhecimento é mais uma das muitas armas do impiedozo capitalismo em que vivemos! Nunca irão estimular as crianças para estudarem a fundo a história do mundo e dos povos, não é viável para eles! E muito menos irão valorizar essa profissão tão bela, a de ser professor! Mais pessoas tem que olhar que a base de tudo está no conhecimento, e que a base do conhecimento está no passado! Seu trabalho, pra mim, Wagner, é exepcional!

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  5. Pedoneze;
    Obrigado pelo seu texto. Preciso saber quem é você, se é meu aluno e de que turma. Quero manter um contato maior com pessoas que, ao que parece, é sensível aos dramas dos povos dominados pela ideologia dos mais fortes.
    Um beijo,
    Wagner

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  6. Nossa, obrigado você, Wagner, por dividir o seu conhecimento! Sou seu aluno sim. Sou da Hélios do Pandora. Infelizmente tenho aula com você só de quinta feira, e nesta semana não haverá aula! Mas na próxima semana eu bato um papo com você no fim da aula, se assim deixarem, rs.
    Abraço!

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