A proclamação da República foi possível graças à aliança de dois setores sociais: os produtores de café do Oeste Paulista e os militares que, naquele momento, representavam certos interesses das classes médias urbanas. Com a vitória do golpe de 15 de novembro de 1889, os setores sociais que o tornaram possível, passaram a disputar entre si o poder e a aliança entre a elite exportadora e os militares se dissolveu.
Estava em questão o tipo de Estado que nasceria com a República, agora que o Império foi sepultado. Os militares pretendiam um Estado voltado para a modernização do Brasil, com apoio à indústria, ao protecionismo, à expansão do mercado interno. A elite exportadora, liderada pelo setor cafeeiro, pretendia ampliar suas relações com o mercado externo (através do caráter federativo), manter as estruturas fundamentais de produção (como a plantation) e, se possível, afastar as massas populares do poder.
Nos cinco primeiros anos da República, ocorreram tentativas de industrializar o país, mas as oposições internacionais e nacionais ajudaram a frustrar os planos dos governos de Deodoro da Fonseca e de Floriano Peixoto. Com a eleição de Prudente de Morais, as oligarquias assenhoraram-se da política do Estado e passaram a defender os interesses da elite exportadora, consolidando a posição do Brasil como periferia do sistema capitalista, cujo papel na divisão internacional do trabalho é a exportação de gêneros primários.
A publicação abaixo pretende fazer uma revisão do assunto. Para melhor entendimento, recomendo ter em mãos o material escolar, outros livros e as anotações de sala de aula. Clique, se precisar, em "pause" para ler a mensagem com o devido tempo.
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