sexta-feira, 25 de novembro de 2011

POBREZA NOS EUA



A crise econômica de 2008, nascida, como a de 1929, nos Estados Unidos da América agravou o processo estrutural de concentração da renda, típica do sistema capitalista. E, a todo processo de concentração corresponde um processo de desconcentração da renda das massas mais pobres, transferida para as elites econômicas.



O paradoxo é estrutural: fazer a economia crescer mesmo fazendo a pobreza também crescer. E qualquer proposta de inverter a concentração, criando processos de distribuição da renda é combatida pelas elites. Atualmente, esse fenômeno é visível na ação reacionária do Partido Republicano, especialmente no grupo do Tea Party.
Segundo dados fornecidos pelo Census Bureau, dos Estados Unidos, a pobreza aumentou substancialmente naquele país. A desnutrição, em vários graus, chegou a 1 para cada 5 habitantes e, considerando-se apenas famílias negras e de origem latina, 1 para cada 3. O número de famílias em situação de desnutrição chegou, no total, a 17 milhões. Pelo critério da ONU, uma família é constituída de 4 pessoas. Multiplicando 17 milhões de famílias por 4, chega-se a um resultado alarmante de mais de 60 milhões de pessoas famintas ou subnutridas, para uma população de pouco mais de 200 milhões da maior potência capitalista mundial.

Leia abaixo os dois textos de outras fontes.

Taxa de pobreza aumenta nos EUA

De acordo com relatório divulgado pelo Census Bureau, no dia 13, o índice de pobreza dos EUA aumentou em 2010. Segundo o instituto de pesquisa, o país teve 46,2 milhões de pobres, o que representa 15,1% da população contra 14,3% em 2009. No ano passado, 2,6 milhões de pessoas passaram a viver abaixo da linha de pobreza, o maior número em 52 anos. O índice de pobreza aumentou entre negros, hispânicos, crianças e mulheres, embora os homens, de modo geral, sejam a categoria mais afetada. A taxa de pobreza entre os latinos subiu de 25,3% em 2009 para 26,6% em 2010; entre os negros, a taxa subiu de 25,8% para 27,4%. Já os números entre a população branca aumentaram em apenas 0,5%, enquanto a taxa manteve-se em 12,1% para os asiáticos. A renda familiar anual também apresentou queda de 2,3%, atigindo US$ 49.445, sendo a primeira vez em que o valor fica abaixo de US$ 50.000 desde 1997. A renda média caiu mais entre as faixas com menores salários. O relatório também indica que as dificuldades econômicas fizeram com que pessoas em situação financeira vulnerável passassem a dividir moradias com amigos e parentes. Na população entre 25 e 34 anos, o número de residências compartilhadas aumentou em 25% desde o começo da recessão em 2007. De acordo com analistas, os índices dos jovens, negros e hispânicos são parcialmente explicados pela baixa demanda por trabalhadores em setores que normalmente empregam essas pessoas, como a atividade de construção civil. Os números refletem que as medidas tomadas para a recuperação da economia ainda não conseguiram evitar a piora na situação dos mais pobres.

LINK DA PÁGINA http://www.opeu.org.br
14 de Setembro de 2011 às 08:11
Agência Brasil – O número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza nos Estados Unidos aumentou para 15,1% da população em 2010, chegando ao recorde de 46,2 milhões de pessoas. Os dados são do censo norte-americano, divulgado hoje (13). É o maior contingente de pessoas abaixo da linha da pobreza dos últimos 52 anos, desde que os dados começaram a ser coletados. Em 2009, 14,3% da população norte-americana vivia abaixo da linha da pobreza.
O índice de aumento no número de pobres foi registrado pelo terceiro ano consecutivo e é o maior desde 1993. Atualmente, um em cada seis americanos vive na pobreza. Os Estados Unidos passam por um dos seus piores momentos econômicos. O governo tenta buscar meios para reduzir os impactos da crise, mas há também dificuldades políticas envolvendo as negociações.
Ontem (12), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso que aprove, o mais rápido o possível, sem postergações ou manobras, o projeto de lei que propõe medidas para a geração de empregos. O pacote prevê a criação de postos de trabalho a partir de cortes de impostos, gastos em projetos sociais e ajuda para governos locais e estaduais.
No último dia 8, Obama anunciou cortes de impostos para pequenos negócios e a classe média e o aumento da tributação sobre as grandes empresas e os mais ricos, como fundamentos da proposta de US$ 447 bilhões destinados a reativar a criação de empregos nos Estados Unidos.
*Com informações da BBC Brasil e da Agência Lusa de notícias

Um comentário:

  1. Um ótimo documentário sobre a decadência do capitalismo é o "Capitalismo, Uma histótia de Amor" de Michael Moore.

    ResponderExcluir