domingo, 17 de abril de 2011

ALGUNS PAPAS E A HISTÓRIA

(Imagem: o CISMA DO OCIDENTE)

Em muitas aulas, falamos do papado romano. Alguns alunos querem saber mais detalhes, como o nome dos papas e seu papel na História que está sendo ensinada. Resolvi publicar uma lista, usando por critério a importância dada em provas de vestibulares. Evidentemente, ninguém perguntará, numa prova criteriosa, o nome do papa. Aconselho então a pesquisarem mais sobre os acontecimentos resumidos nesta lista.




  • O primeiro papa foi Pedro. Segundo a tradição cristã, enviado por Jesus de Nazaré a Roma, capital do Império Romano.


  • 32º: Melquíades (311-314). O imperador Constantino deu liberdade de culto aos cristãos e proibiu a crucificação como pena de morte.


  • 33º: Silvestre (315-335). Chefiou o Concílio de Niceia, convocado pelo imperador Constantino. Definido que o bispo de Roma, e não outro, seria o chefe da Igreja. Muitas instituições do Império Romano serviram de base para a organização e para a hierarquia da Igreja.


  • 37º: Damaso I (366-384). O Imperador Teodósio convoca o Concílio de Constantinopla. O cristianismo passa a ser a religião oficial do Império, pelo Edito de Constantinopla, e as heresias e o paganismo são perseguidos.


  • 38º: Sirício (384-399). O imperador Teodósio, em 395, divide o Império Romano em dois, o Ocidental e o Oriental, cada um com um imperador, a princípio seus próprios filhos. O Império do Ocidente estava sendo retalhado pelas invasões bárbaras e o escravismo lentamente sendo substituído pelo colonato, num irreversível êxodo urbano.


  • 45º: Leão I (440-461). Convenceu os hunos, liderados por Átila, a não saquearem Roma. Um dos poucos papas a ser chamado de “Magno”.


  • 48º: Félix II (483-492). Em 476, Odoacro, rei dos hérulos, invadiu e tomou Roma. Era o fim do Império do Ocidente. O do Oriente, chamado também de Império Bizantino, sobreviveu até 1453.


  • 64º: Gregório I (590-604). Conversão de bárbaros ao cristianismo. Criou o Canto Gregoriano. Outro, entre poucos, chamado de “Magno”.


  • 97º: Leão III (795-817). Carlos Magno, no Natal de 800, foi coroado Imperador Romano do Ocidente. A contradição é que Carlos Magno não era romano, nem latino, era um franco, dos germânicos. Leão III tentava se impor ao Patriarca de Constantinopla, do Império Bizantino.


  • 150º: Leão IX (1049-1054). Definitivo conflito com o Patriarca Miguel de Cerulário, do Império Bizantino: ocorre a crise da iconoclastia e o Cisma do Oriente, separando a Igreja Cristã em duas.


  • 154º: Nicolau II (1058-1061). Combateu a investidura leiga e criou o Colégio de Cardeais, órgão responsável pela eleição dos papas.


  • 156º: Gregório VII (1073-1085). Combate a simonia, a investidura leiga e o nicolaísmo, vistos como desregramentos da conduta clerical. Forte campanha pelo celibato do clero.


  • 157º: Urbano II (1087-1098). Pregou as Cruzadas, em Clermont, em 1095.




  • 163º: Inocêncio II (1130-1143). Instituído, definitivamente, o dogma do celibato clerical. O feudalismo europeu atingira o máximo de sua eficiência enquanto modo de produção, e entrava em crise. A Igreja era a única instituição verdadeiramente organizada e centralizada, em meio à estrutural descentralização política.


  • 201º: Urbano VI (1378-1389). Início de Cisma do Ocidente, durante o qual havia um papa em Avignon (França) e outro em Roma.






  • 204º: Gregório XII (1406-1415). Fim do Cisma do Ocidente. Roma volta a ser a única sede da Igreja Católica. 215º Júlio II (1503-1521). Foi mecenas de Michelangelo, autor de obras como a pintura do teto da Capela Sistina.


  • 216º: Leão X (1513-1521). Martinho Lutero publica suas “95 Teses”, em 1517, dando início à Reforma.


  • 219º: Paulo III (1534-1549). Início da Contrarreforma, com a criação da Companhia de Jesus (os “Soldados de Cristo”) e o início do Concílio de Trento que, entre outras decisões, confirmou todos os dogmas católicos, tais como os sacramentos e a santidade papal.


  • 220º: Júlio III (1549-1555). Termina o Concílio de Trento. A Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, criada no início do século XIII, é reforçada e passará a ser um importante instrumento da Igreja Católica.


  • 225º: Gregório XIII (1572-1585). Instituído o Calendário Gregoriano, substituindo o Calendário Juliano.


  • 254º: Pio IX (1846-1878). Guerras de unificação da Itália e início da Questão Romana. Instituiu o dogma da infalibilidade papal. Publicou a Bula Sylabus, para combater a maçonaria e outras forças temporais, influenciando, inclusive, bispos brasileiros que se envolveram na Questão Religiosa.


  • 255º: Leão XIII (1879-1903). Diante das ideologias socialistas, anarquistas e do crescimento dos movimentos operários, publicou a Bula Rerum Novarum. Tentava afastar as ideologias de esquerda, com a pregação da “justiça social” e da manutenção da sociedade de classes. Influenciou muitos outros papas.


  • 258º: Pio XI (1922-1939). Os fascistas de Mussoline no poder na Itália. Tratado de Latrão coloca um fim na Questão Romana, em 1929. Ascensão do nazismo e nascimento do III Reich.


  • 259º: Pio XII (1939-1958). Segunda Guerra Mundial e, ao seu término, Guerra Fria. Expansão do bloco socialista.

Um comentário:

  1. Wagner! Me lembrei, hoje, quando você fala sobre a Hansa Teutônica da 3ª Cruzada! Nela, os cavaleiros Teutônicos participaram junto dos 3 reis. Gostaria de saber se a Hansa Teutônica tem muita diferença da Ordem Teutônica, porque a Ordem foi criada pela igreja e a Hansa era praticamente comercial. Valeu! Grande abraço.

    ResponderExcluir