“Onde estão hoje os pequot? Onde estão os narragansett, os moicanos e muitas outras tribos outrora poderosas? Desapareceram diante da avareza e da opressão do Homem Branco, como a neve diante do sol de verão. Vamos nos deixar destruir, por nossa vez, sem luta? Renunciar a nossas casas, a nossa terra dada pelo Grande Espírito, aos túmulos de nossos mortos e a tudo que nos é caro e sagrado? Sei que vão gritar comigo: Nunca! Nunca!” (Texto do índio Tucumseh, da tribo dos shawnees, citado no livro de D. Brown, Enterrem Meu Coração na Curva do Rio, da Editora Melhoramentos).
“Pobre México, tão longe de Deus, tão próximo dos Estados Unidos” (Lázaro Cárdenas, presidente do México de 1934 a 1940)
“De 1770 a 1840, a corrida para o Oeste cresceu(...) Enxmes de gente que procurava terras baixaram sobre o vale do Mississipi. (...) Homens solteiros faziam o baú e partiam; famílias inteiras faziam o baú e partiam; cidades inteiras faziam o baú e partiam. A América estava de mudança. Em 1770, havia 5000 pessoas a oeste dos Apalaches; em 1840, havia 8 milhões.” Texto do livro Nós, o Povo, de Leo Huberman).
“Em todos os sistemas sociais, é preciso haver uma classe para desempenhar as tarefas indignas, para fazer o que é monótono e desagradável (...) Nós a chamamos escravos(...) Não chamarei a classe existente no Norte usando esse termo; mas vocês também os possuem; estão em toda parte; são eternos (...) A diferença, entre nós, é que os escravos são contratados pela vida toda, e são bem recompensados; não há fome, nem mendicância, nem desemprego entre nós, e nem excesso de empregos, também. Os de vocês são empregados por diárias, não são bem tratados, e têm escassa recompensa, o que pode ser provado, da maneira mais deplorável, a qualquer hora, em qualquer rua de suas cidades. Ora, pois a gente encontrava mais mendigos em um dia, em uma só rua de Nova Iorque, do que os que se encontram durante toda a vida no Sul inteiro.” (Parte do discurso do Senador Hammond, da Carolina do Sul, citado por Leo Huberman em seu livro Nós, o Povo)
“Chegou o momento em que percebi que a escravidão deveria morrer para que a Nação pudesse viver!” (Parte de discurso de Abrahan Lincoln, pronunciado em 22 de julho de 1863)
“Os Estados sulistas foram reintegrados à União, tiveram que reconhecer a abolição da escravidão(...) Economicamente, o Sul foi mais afetado do que o Norte; muitas de suas plantações haviam sido arrasadas, outras foram confiscadas, havia falta de mão-de-obra, pois muitos negros emancipados fugiram(...) Em contraposição, o desenvolvimento econômico do Norte e do Oeste foi considerável: mesmo durante o conflito e apesas da inflação, as necessidades bélicas incrementaram a industrialização, possibilitando inclusive a formação dos primeiros trustes, ligados aos Rockfeller, Carnegie, Morgan.” (Citado no Livro História das Sociedades Americanas, de Rubin Aquino e outros)
“Assim, a política transformou-se numa mera extensão dos negócios de cada grupo oligárquico, facilitando o aparecimento dos caudilhos – (...) Isso facilitou a penetração imperialista. Por essa razão, os grupos de tendência nacionalista, que defendiam tarifas protecionistas (...) acabaram suplentados pelos que privilegiavam o livre-cambismo.(...) O último quartel do século XIX marcou o início da expansão norte-americana sobre a América Latina e a gradual retração britânica nesses mercados(...) Através da compra de territórios pelos trustes, os principais recursos naturais foram sendo diretamente controlados pelos estrangeiros, não contribuindo para o desenvolvimento interno dos países latino-americanos(...) Caso alguma autoridade impedisse o funcionamento desse sistema, os Estados Unidos intervinham militarmente, de acordo com a política do Big Stick (...) Dessa forma, os Estados nacionais latino-americanos foram se consolidando sempre na dependência do estímulo estrangeiro, subordinado pela divisão internacional do trabalho à condição de marcados agroexportadores. (do livro História Moderna e Contemporânea, de Alceu Luiz Pazzinato e Maria Helena Valente Senise, da Editora Ática)
Leia mais e aprofunde seus conhecimentos, pesquisando.
01. O que foi o Compromisso de Missouri, de 1820?
02. Assista aos filmes:
E o Vento Levou, de Victor Fleming, de 1939
Rio Bravo, de John Ford, de 1950
O Terror do Dr. Mudd, de Paul Wendkos, de 1980
Em Busca do Ouro, de Charles Chaplin, de 1925
Pequeno Grande Homem,deArther Penn, de 1970
Dança com Lobos, de Kevin Costner, de 1990
03. Quem foi Touro Sentado?
04. Leia o livro A Cabana do Pai Thomás, de Harriet Stowe
05. Qual a relação entre Colômbia, Canal do Panamá e Big Stick?
06. O que foi a Emenda Platt e qual sua ligação com a política do Big Stick?
. Em 1912, o presidente Willian H. Taft afirmou : ”Não está longe o dia em que três bandeiras de listras e estrelas marcarão em três lugares a extensão de nosso território: uma no Polo Norte, outra no Canal do Panamá e a terceira no Polo Sul. Todo o hemisfério será nosso, de fato, como, em virtude de nossa superioridade racial, já é nosso moralmente’.
A. A AMÉRICA LATINA
- Entre a década de 30 e a de
60, a América Latina foi marcada por governos populistas, tais como Vargas, no Brasil, Juan Domingos Perón, na Argentina, Lásaro Cárdenas no México e outros. - O populismo foi possível graças à crise das oligarquias tradicionais e a inexistência de uma classe que, sozinha, pudesse assumir o Estado em seu próprio nome. Era um vazio de poder que líderes carismáticos preenchiam, com um discurso policlassista , nacionalista e reformista. O Estado populista protegeu, de fato, a burguesia, mas falava em nome do povo. Tornou-se o árbitro das questões sociais e promulgava leis trabalhistas, carreando as massas para o aparelho de Estado.
- A urbanização e a abertura de indústrias criam um ambiente favorável ao desenvolvimento das classes sociais que, enquanto classes, têm reivindicações próprias: o proletariado, as classes médias urbanas e a burguesia. O colapso do populismo dá-se a partir daí: o Estado deve optar por uma das classes, ferindo interesses de outras.
Em plena Guerra Fria , o nacionalismo reformista dos populistas é confundido como esquerdizante e como ameaça à democracia. Por isso, tantos golpes de Estado, todos com o dedo, senão com o canhão de Tio Sam. Os casos do Brasil, do Chile, da Argentina e do Uruguai são bem elucidativos do colapso de governos populistas.- O novo modelo econômico pretende um crescimento acelerado da economia, baseado no capital externo (endividamento), nas empresas multinacionais (desnacionalização da economia), nas Empresas Estatais (intervenção do Estado na economia), na concentração da renda (para aumentar a capacidade de reinvestimento da burguesia) e no arrocho salarial (para transferir renda para as elites econômicas nacionais e internacionais) .
- Para impedir, ou tentar impedir oposições sérias ao novo modelo econômico, a América Latina viveu sob ditaduras militares burguesas, ou seja, o bonapartismo foi uma forma da burguesia, ameaçada anteriormente pelo crescimento da esquerda, deixar a frente do palco político, ir para os bastidores, enquanto os militares ditavam as leis. A América Latina, assim, continua a ser satélite do capitalismo, agora liderado pelos EUA.
- A Revolução Cubana de 1959 retira a ilha do mundo capitalista, consolidando o socialismo a poucas milhas de Miami. Derrotados nas tentativas de derrubar a Revolução, os EUA impõem um bloqueio econômico a Cuba. Enquanto existiu, a URSS foi a saída econômica para um país que lidera a América em vários setores socialmente positivos como alfabetização, saúde pública, inclusão social...
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ResponderExcluirOtávio, o conteúdo desta publicação é complementar seus estudos de História da América. São vários textos, de várias aulas. Por exemplo, você estudou a Revolução Mexicana, em classe ou em casa. Em minha publicação, você encontra um texto da época, para se aprofundar.
ExcluirSe você é meu aluno, procure-me na Escola.
Wagnão, sabe onde eu vejo a Carta da Jamaica ou outros textos de Simon Bolívar na íntegra? No Google tá difícil hehe
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